sobre o dia dos namorados
Atenção, atenção, não se esqueçam, é já amanhã, sim amanhã, o dia mais lindo, fofinho, bonitinho, e tudo acabado em “inho”.
Convenhamos, é um dia bonito (aldra), ele é postais, corações, ursinhos, flores, balões e chupa-chupas também em forma de coração, as tão queridas palavras acabadas em "inho/a" (amorzINHO, fofINHO, bebézINHO, queridINHO, bonequINHA, chega, inventem outras coisas fofinhas, essas já enjoam, dão “náuseas”, originalidade pede-se....bem, mas até aqui, nada de novo.
Este dia parece-me cada vez mais ridículo, tendo em conta que os casais estão cada vez mais individualistas, e mais distantes. Mas há que viver este dia a dois como se toda a vida, os momentos, e partilhas fossem perfeitas. E é mentira, bem, mentira na maioria das relações.
Numa sociedade cada vez mais individualista, e egoísta, há que se “gozar” bem este dia, porque assim a sociedade nos "impõe", e nos oferece tudo de maneira facilitada.
Temos toda uma panóplia de coisas fofas para se partilhar: ele é o belo do postal, quanto mais piroso melhor, e, normalmente é o mais querido e desejado por todos, dia de são valentim sem postal, dá discussão, acreditem. As surpresas bem originais (não são, estou a gozar), os ramos de flores, ah, esses ramos que são mais que muitos, uma ideia sempre muito original, (not), as floristas que nestes dias ganham para o ano todo, é vê-los todos à porta das lojas em filinha, quem oferece, pensa, "bem, ela vai ficar surpreendida, de certeza que mais ninguém pensou nisto"...... os casais fofinhos, e tão enamorados, os anúncios, as campanhas idiotas, são mais que muitas.
Os restaurantes, que estão sempre à pinha, (basta ligar para um, e rapidamente nos dizem, oh, lamentamos mas já estamos à pinha), gente numa fila enorme, espera por um lugar sentadinho, nem que seja na mesa que fica mesmo colada à casa de banho, mas afinal de contas, e no fim de tudo, ainda nos dão um balão, e um copo de espumante do mais ranhoso que existe. Mas o que interessa é festejar. (ainda que mal)
Contrariamente ao que é o dito “normal”, acabo sempre por ficar por casa, cruz credo, e que deus me livre estas confusões....
Um conselho: fiquem por casa, usem a vossa imaginação (que não tem limites, que eu bem sei seus malandros) e aproveitem bem, pensem na privacidade que podem ter, nos gastos que podem não ter, e nas infindáveis coisas que podem fazer no recanto do Vosso lar. A vossa casa pode tornar-se num belo hotel de 5 estrelas, com um magnifico jantar, um belíssimo vinho, e muito, muito (do) amor, e muitas mais coisas, o que vos passar pela mente. Acima de tudo, namorem muito, e sem limites =)
Ainda havia muito para escrever sobre o dia mais cor de rosinha do ano, mas lamento, neste momento não tenho tempo.
Não escrevo nada de novo, e é o que se vê todos os anos no dia 14 de Fevereiro, mas, e caso se justifique, este post será actualizado caso ocorram desenvolvimentos significativos.