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espaço da raquel

para escrever tudo o que me vier à cabeça, e partilhar cenas daquelas (coiso e tal, e tal e coiso) não me levem muito a sério, tenho mau feitio, mas no fundo sou boa pessoa..... (apesar de não jogar com o baralho todo)

espaço da raquel

para escrever tudo o que me vier à cabeça, e partilhar cenas daquelas (coiso e tal, e tal e coiso) não me levem muito a sério, tenho mau feitio, mas no fundo sou boa pessoa..... (apesar de não jogar com o baralho todo)

13.Fev.20

Sim, sou pela vida, mas pela vida sem sofrimento

Hoje, dia 13 de fevereiro, quinta-feira o Parlamento debate cinco projectos de lei sobre morte assistida. Com este artigo,  pode saber o que une e o que separa as propostas, dá para ter a perspectiva do cenário específico em que a discussão se debruça e que todas as propostas têm semelhanças. Um artigo do Jornal Público. https://www.publico.pt/2020/02/11/infografia/eutanasia-partidos-propoem-426

O assunto "eutanásia" é um tema muito difícil, e com opiniões complemente opostas, é um assunto que nos inquieta, confronta-nos com o nosso próprio ser, essência e maneira de ver e de estar na vida.

Para mim trata-se de uma questão de liberdade, ninguém obrigaria ninguém a ser eutanasiado, porém, ao contrário, este chumbo obriga-nos a ficar vivos mesmo que a nossa vida já não seja mais do que sofrimento, dor, e desespero. E sim, apenas menciono estes casos.

Falamos apenas de antecipação da morte por decisão "da pessoa com lesão definitiva ou doença incurável e fatal que se encontra em sofrimento duradouro e insuportável". 

A eutanásia não é um substituto dos cuidados paliativos. É dar às pessoas um direito de escolher entre sofrer sem perspectivas de cura e a dignidade.
Ninguém vai obrigar ninguém. Nenhum médico vai eutanasiar um doente. É uma escolha de cada um. E cada um faz com a sua vida aquilo que entender...
Podem dizer que me esqueço dos que cá ficam e da dor da perda. E eu digo: o amor não é egoísta!

Vivemos num país estranho em que o aborto é possível e a eutanásia não. Em última instância, o aborto é a decisão de alguém sobre uma vida que não é a sua, a eutanásia é a decisão do próprio sobre a sua própria vida, portanto vivemos num país onde é legítimo e legal terminarmos uma vida que não é a nossa, mas é ilegítimo e ilegal decidirmos quando devemos terminar a nossa própria vida?!

Todos sabemos que quem tem possibilidades financeiras vai continuar a morrer com dignidade, e quem não as tem, é quem fica condenado a um fim sob tortura.

Na Eutanásia alguém administra um medicamento letal ao doente a pedido do próprio ou da família.
No suicídio assistido alguém fornece o medicamento letal ao doente, a seu pedido, e é ele próprio a tomá-lo. No fundo fornece-se a "arma mas não se dá o tiro" (desculpem, escrever assim, mas é assim que é) isto porque de deixa que o próprio decida mesmo até ao último momento.
E sim, que hajam e se defendam os cuidados paliativos reais e de acesso a todos, mas de que valem quando a situação do doente é já de morte?! Sim, sou a favor da eutanásia, e a favor do suicídio assistido nestes moldes.

Sou a favor da liberdade de pensamento e raciocínio, e sim sou a favor da eutanásia e da “minha” liberdade de escolha e livre arbítrio para perceber que se “eu” estaria num sofrimento atroz, tal não seria para “mim” tal como não seria para quem “me” acompanhasse. Sou, e serei sempre pela liberdade de escolha, pelo livre arbítrio.

Este assunto já foi chumbado, mas de facto para mim, repito para mim, não se trata de matar, mas sim de deixar alguém morrer ainda com alguma dignidade quando o final não será mesmo outro.... ninguém precisa de sofrer desesperadamente para morrer.

E sim, é um sinal de evoluçao intelectual percebermos que todos temos direito a uma morte com o minimo de sofrimento.

 

30 comentários

teorias absolutamente espectaculares

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