Um minuto de silêncio por todas as pessoas que quando falam vão dando cotoveladas a quem está ao lado!

Cheira a queijo, e vinho.

São invenções. É queijo, é vinho.

Tiro o queijo, e bebo o vinho.

À mesa com amigos nos deliciamos com pão e queijo, queijo e pão, ou pão de queijo

Um olho na faca e outro no queijo, tiro o queijo, e partilho o vinho

Néctares maravilhosos que a vida nos deu, alimentam a alma, o ego, e o coração

o meu blog virou a caverna do Batman, é só morcegos a pairar no ar

Eu sempre fui uma pessoa muito idealista, sempre tive como heróis aqueles que travavam sempre batalhas contra os ricos para assim conseguirem dar, e ajudar os pobres. Com aquelas pessoas que por muito que fossem capazes de abrir a boca para se defender, e não o faziam, ou por medo, ou por receio de “sofrer” com as suas atitudes e posturas na vida.

Sempre fui assim, sempre, e desde miúda que me lembro de ser assim, sempre pelos mais desprotegidos, por quem tinham pouco, por quem eu achava que não seria, ou teria coragem em reagir.

Travei batalhas constantes com muita gente, e por norma era sempre eu que acabava frustrada por sentir que nem todos, a bem da verdade a maioria não era assim como eu. Poderia não estar certa, mas achava que nos devíamos insurgir por quem muitas vezes não tinha voz para tal, nem conseguisse fazer isso, se defender.

Na escola era outra drama, sempre defendia quem muitas vezes não se sentia capaz, ou com coragem para tal. Lembro-me que os chamava de indefessos, e a primeira coisa que me perguntavam porque tinha tomado aquela atitude, ou tinha sido aquela a minha reação, porque defendia aquela determinada pessoa, a minha resposta era precisamente essa, porque o acho/a indefeso/a. Porque vi que estavam todos contra, e eu não tinha sido capaz de ficar calada. Nunca foi sentimento de pena, mas sim de defesa, uma espécie de proteção. E agora pensando neste percurso, e forma de estar, penso que na maior parte das vezes, a maior parte não se “levantava” por mim, nem em minha defesa. Nem assim, baixava os braços, e me calava. Se achasse que estava mal, ou que a situação era injusta, interferia.

Estar calada perante várias injustiças era coisa que não conseguia fazer, não dava para mim, e ter essa atitude, era impensável. Sempre tive muita dificuldade em ficar calada perante algo que eu achava que estava mal, ou era injusto.

E claro está, os rótulos começaram a chegar, era tida como rebelde, refilona, e até

revolucionária, e quase sempre a “sociedade” e a maioria das pessoas tentava que isso passasse despercebido, talvez porque fosse incómodo para os demais eu ser assim, era “desagradável”.

Lembro-me de ter sido muitas, e muitas vezes repreendida por me meter em assuntos que não eram os “meus” que não me competiam, e nem se passavam comigo. E, curiosamente, hoje, ainda é assim, ainda sou assim, e já conto com 40 anos.

A indignação fez muito parte da minha vida, e ainda hoje faz, travar lutas, e insurgir-me quando acho que as coisas estão mal. Só que agora, acho que a única diferença de quando era miúda, ou adolescente, é que escolho as batalhas que quero travar, e causas que quero, e tenho a certeza que devo defender.

30 de outubro. Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama.

Headphones, adoro-vos!

a maior parte do pessoal que anda por esta internet fora a comentar publicações (nos sites, e "blogs de moda") é tão básica, nota-se tanta a ausência de personalidade, e ideias próprias, já para não falar no quanto aborrecidas são, que chegam a dar-me sono -_-

entre muitos, entre tantos, muitos ficaram sem nada. o olhar vazio, e perdido, o desalento, a falta de coragem para voltar a tentar. um olhar que reflecte um país inteiro. 

esta fotografia tocou-me particularmente, porque num só olhar, conseguimos ver a alma deste homem.

chama-se Francisco, e tem 82 anos. perdeu tudo. tudo. pediu ajuda, e ninguém ajudou, ninguém o conseguiu proteger, nem salvar os seus pertences de uma vida inteira de trabalho, de luta. ninguém. ninguém conseguiu.

a única coisa que sinto quando olho para esta fotografia é revolta. só revolta.

se alguém souber como podemos ajudar o Sr. Francisco, partilhe por favor.

obrigada.

 Foto: Adriano Miranda (Público)